Na mesma saída da AOSP onde vi a Cephalanthera rubra, em Grandais, vi pela primeira vez uma população razoável de Epipactis phyllantes, junto a Fresulfe, também no Parque Natural de Montesinho.
Na primeira visita, a 6 de junho, não havia flores abertas. Numa segunda visita, a 26 de junho, a situação era bem diferente. Inúmeras plantas tinham já flores abertas, como habitualmente frágeis, pouco abertas e pendentes.
Muito semelhante à Epipactis fageticola (exemplares existentes no Souto do Concelho, Manteigas, e agora também descobertos na Mata da Margaraça, na Zona de Paisagem Protegida da Serra do Açor), é controverso se estas populações serão afinal da mesma espécie, e neste caso, qual delas.
Uma curiosidade: na população foi encontrada uma planta albina, o que é bastante raro. Acabou por não florescer.
População em 6 de junho:
População em 26 de junho:
A planta albina que não floresceu:
quarta-feira, 29 de julho de 2015
sexta-feira, 17 de julho de 2015
A Ophrys apifera
A Ophrys apifera é uma espécie relativamente comum, distribuída pela faixa litoral a sul de Aveiro, Algarve, e por Tás-os-Montes.
Existem ainda algumas variantes interessantes, das quais saliento:
De referir ainda o híbrido Ophrys x turiana, entre Ophrys apifera e Ophrys tenthredinifera subs. ficalhoana.
Ophrys apifera, Parque Natural da Arrábida
Ophrys apifera, Cheleiros, Mafra
Ophrys apifera, Paiã, Odivelas
Ophrys apifera forma hipocromática, Parque Natural da Arrábida
Ophrys apifera forma bicolor, Ereiras, Pombal
Ophrys x turiana, Lavre
E por último, não resisto a apresentar a Ophrys apifera var. sicoensis J. Monteiro, descoberta por José Brites Monteiro na zona de Sicó, reproduzindo em seguida com a devida vénia a foto existente em
http://www.vitormonteiro.eu/Sites_Clientes/orquideas.pt.vu/imgs/Ophrys/apifera%20var.%20sicoensis.jpg
Existem ainda algumas variantes interessantes, das quais saliento:
- Forma hipocromática
- Forma bicolor
De referir ainda o híbrido Ophrys x turiana, entre Ophrys apifera e Ophrys tenthredinifera subs. ficalhoana.
Ophrys apifera, Parque Natural da Arrábida
Ophrys apifera, Cheleiros, Mafra
Ophrys apifera, Paiã, Odivelas
Ophrys apifera forma hipocromática, Parque Natural da Arrábida
Ophrys apifera forma bicolor, Ereiras, Pombal
Ophrys x turiana, Lavre
E por último, não resisto a apresentar a Ophrys apifera var. sicoensis J. Monteiro, descoberta por José Brites Monteiro na zona de Sicó, reproduzindo em seguida com a devida vénia a foto existente em
http://www.vitormonteiro.eu/Sites_Clientes/orquideas.pt.vu/imgs/Ophrys/apifera%20var.%20sicoensis.jpg
quarta-feira, 8 de julho de 2015
A Epipactis helleborine
A Epipactis helleborine não é tão comum em Portugal como as aparentadas lusitanica e tremolsii, mas é mais abundante que as delicadas fageticola / phyllanthes.
Encontra-se, de acordo com a Flora-on, “Em clareiras e orlas de bosques caducifólios, povoamentos florestais (pinhais) e matagais, por vezes, também no sob coberto. Em locais frescos e algo húmidos, sobre diversos substratos. “
Estas fotos foram tiradas em Gondesende, Parque Natural de Montesinho, na orla de um bosque de Quercus pyrenaica, em 5 de junho de 2015.
Encontra-se, de acordo com a Flora-on, “Em clareiras e orlas de bosques caducifólios, povoamentos florestais (pinhais) e matagais, por vezes, também no sob coberto. Em locais frescos e algo húmidos, sobre diversos substratos. “
Estas fotos foram tiradas em Gondesende, Parque Natural de Montesinho, na orla de um bosque de Quercus pyrenaica, em 5 de junho de 2015.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
A Neotinea ustulata
Quem vê fotografias espetaculares da Neotinea ustulata e depois vai à procura dela, está à espera de uma planta robusta, com uns 50 cm de altura (ao estilo da Dactylorhiza caramulensis).
Agora se afinal não passa dos 8 - 10 cm (como a Ophrys pintoi), é preciso redirecionar a vista para plantas mais pequenas. Costumamos dizer que o complicado é encontrar a primeira, porque a partir daí os olhos com facilidade encontram mais.
Longo preâmbulo para dizer que inicialmente só olhava para a Gymnadenia conopsea e não via a Neotinea ustulata, embora na zona dos Lagos de Saliencia, no Alto da Farrapona, em Somiedo, Astúrias, a primeira tenha apenas o dobro da altura da segunda.
Mas finalmente, com as preciosas indicações do amigo Américo Pereira, encontrei a orquídea que me faltava, das existentes em Portugal.
Em Portugal apenas é conhecida uma localização, junto a São João da Pesqueira, e perdi algum tempo, à chuva, a tentar encontrá-la, no passado mês de abril. Já era a terceira tentativa em 3 anos consecutivos, desde que José Brites Monteiro descobriu essa população. Mas em vão. Estava escrito que teria que ir bem para Norte para fotografar esta espécie delicada e belíssima.
E lá estava ela, na companhia da Gymnadenia conopsea e da Dactylorhiza maculata, que neste local tem também um porte reduzido.
Esta Neotinea ustulata, anteriormente designada por Orchis ustulata, depois de inicialmente ser denominada Neotinea ustulata por Carl Linnaeus em 1753, é uma orquídea delicada e muito bela.
Fotografias tiradas em 25 de junho de 2015.
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