quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ophrys apifera, tenthredinifera e seu hibrido x turiana

Na estrada entre Lavre e Ciborro, nos arredores de Montemor-o-Novo, existe uma curiosa população de Ophrys x turiana, hibrido entre Ophrys apifera e Ophrys tenthredinifera subs. ficalhoana.

A população é composta por plantas com as sépalas rosa e outras com sépalas quase brancas. Têm um porte elevado, nalguns casos superior a 1 metro.

Não se vislumbram exemplares de qualquer dos progenitores.


Fotos tiradas em 11 de Maio de 2013. O local está perto de uma estrada de terra batida, pelo que as plantas estão cobertas com algum pó.

 Aspeto geral da população

 Plantas com sépalas brancas e sépalas rosa






Ophrys x turiana

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Serapias occidentalis

Quanto no post de Abril de 2011 escrevi “ Existem 5 espécies de ervas-língua em Portugal: perez-chiscanoi, cordigera, strictiflora, lingua e parviflora “ estava longe de saber que, desde 2010, Luisa Borges e Joaquim Pessoa tinham encontrado, em Casmilo, Condeixa-a-Nova, em plena Serra de Sicó, exemplares da Serapias occidentalis, já descrita mas até então desconhecida para Portugal. 

Recomendo a leitura de Serapias occidentalis (Orchidaceae):appearance and distribution, de Joaquim Pessoa, Luísa Borges & Caspar Venhuis.

O texto está disponível em qualquer destes 2 links:

http://revistas.ucm.es/index.php/LAZA/article/view/37250
http://dl.dropboxusercontent.com/u/44247/015-019-Serapias%20occidentalis.pdf

Esta espécie, descrita em 2006, está ainda sujeita a alguma controvérsia, dado que pretende representar as plantas da Estremadura espanhola que anteriormente seriam denominadas Serapias vomeracea

Ver a descrição inicial em: http://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/2214381.pdf










Serapias occidentalis

Fotos tiradas em 17 de Maio de 2013.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ophrys apifera

Na Serra da Arrábida, junto à praia do Creiro, existe uma população interessante de Ophrys apifera.

Interessante porque os exemplares hipocromáticos são da ordem das dezenas, enquanto que os exemplares com coloração normal são apenas de poucas unidades.

Fotos tiradas em 5 de Maio de 2013.

 As duas populações


 Ophrys apifera



Ophrys apifera forma hipocromática (como curiosidade, um pulgão verde sobre uma sépala)

 

 
Ophrys apifera forma hipocromática

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Serapias cordigera, língua e seu híbrido x ambigua

Em 26 de Abril de 2013, o sítio onde em 2011 encontrei milhares de Serapias (ver post de 25 de Abril de 2011), entre Alvito e Portel, estava parcialmente destruído, penso que por pastoreio intensivo.

A parte onde se encontrava o maior número de S. perez-chiscanoi, que se encontra parqueado com rede, estava totalmente rapado. Sobrou um pé …

Já no outro lado da estrada, uma zona natural, não lavrada, a situação mantém-se como anteriormente, com milhares de S. lingua e S. strictiflora, e poucos exemplares de S. perez-chiscanoi.
A pouca distância deste local, também indicado por cortesia do amigo Ivo Rodrigues, encontrei uma concentração menor de exemplares, mas muito mais interessante, especialmente no que respeita á S. cordigera.

Ambos os sítios são locais muito húmidos, alagadiços, bem diferentes das zonas secas da charneca alentejana que os rodeiam.

Neste sitio, encontrei Serapias língua, Serapias perez-chiscanoi e Serapias cordigera (dezenas de exemplares). Encontrei ainda o híbrido interespecífico Serapias x ambigua (Serapias cordigera x lingua).
São ainda visíveis alguns exemplares de Serapias cordigera hipocromática, de que já tratei em post anterior.

Fotos tiradas em 26 de Abril de 2013.

 Serapias cordigera

 Serapias lingua





Serapias x ambigua

 Bases do labelo de Serapias lingua e Serapias x ambigua


Comparação da forma dos labelos de S. cordigera, S. lingua e S. x ambigua

terça-feira, 7 de maio de 2013

D. insularis de volta a Montejunto


Elas estiveram sempre lá ... Apenas as condições climatéricas dos últimos anos não têm sido propícias à floração destas plantas, localizadas tão longe da sua área "natural" de distribuição.

Também tinha algum receio que, por vandalismo, alguém tivesse levado as plantas !

Mas não, em 2013, com condições climatéricas adequadas, as  Dactylorhiza insularis do castinçal de Montejunto, voltaram a florir !

Eu só encontrei 2 pés de flores com mácula vermelha, na plataforma de baixo, mas o amigo Duarte Marques disse-me que encontrou 1 pé com flores sem mácula (na plataforma de cima) e 3 pés com flores com mácula (na plataforma de baixo).

Estas máculas vermelhas são substancialmente maiores do que as que vi na D. insularis do Azibo (post de 21 de junho de 2013). 







quarta-feira, 1 de maio de 2013

A Serapias cordigera

A Serapias cordigera é, dentro das plantas deste género presentes em Portugal, aquela que tem o labelo maior.

As dimensões médias são:
- largura do hipoquilo: 15 – 28 mm
- comprimento do hipoquilo: 13 – 32 mm
- largura do epiquilo: 15 -25 mm
- comprimento do epiquilo: 9 – 15 mm


O labelo é ainda piloso e apresenta-se “enrugado”. A sua forma tradicional é cordiforme:

 
 

Têm recentemente sido reconhecidas 2 subspécies: a cordigera, de cor vermelho escuro, e a gentilii, de cor muito mais clara.

As fotos foram tiradas em Portel (cortesia do Ivo Rodrigues) e no Barranco do Velho (cortesia do José Monteiro), em 26 e 30 de Abril de 2013.


S. cordigera cordigera


  




                                     
                
 
                                                          S. cordigera gentilii

 
  
 
 

S.cordigera hipocromática